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DERMATOLOGIA: A EPIDEMIA SILENCIOSA
13 de janeiro de 2013

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Dra. Ana Maria Portal Pellegrini Nahn

 

O câncer de pele vem aumentando sua incidência em todo o mundo configurando uma epidemia silenciosa que compromete a saúde da população Nos Estados Unidos ocorrem cerca de 1.200.000 casos novos de câncer de pele por ano. No Brasil estima-se 120.000 casos novos a cada ano. Configurando-se câncer mais prevalente em nosso país.

O Programa Nacional de Controle do Câncer de Pele, organizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia tem como um dos objetivos levar à população um conjunto de informações sobre este mal proporcionando os despertares para mudanças de atitudes, crenças e comportamentos relacionados aos riscos a que cada um está individualmente exposto. A longo prazo, a meta é reduzir a incidência e a mortalidade pelo câncer de pele.

É incontestável que a luz solar é imprescindível para a vida. É germicida e participa da síntese de vitamina D, fator essencial para o metabolismo ósseo e crescimento da criança. Mas bastam poucos minutos ao sol para que consigamos estes benefícios. Apesar de haver inúmeras atividades benéficas ao ar livre, sabe-se que uma pele bronzeada é sinônimo de pele danificada.

Os efeitos deletérios do sol se dão a curto e longo prazo. O efeito da radiação ultravioleta (UV) é cumulativo e progressivo, iniciando-se na infância e processando-se progressivamente com a idade. Entre estes efeitos adversos observa-se o aparecimento de rugas, manchas e outros sinais de envelhecimento precoce e em alguns casos o câncer de pele.

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Identificando as pessoas com maior risco de apresentar câncer de pele, é possível ajudá-las a se proteger do sol e reduzir a incidência destas lesões. A maneira mais fácil e efetiva para se proteger é através do uso de filtros solares, que deve ser diário, seja qual for a quantidade de radiação que se presuma ser recebida. Os filtros solares devem ser recomendados de acordo com o tipo de pele, ou seja, quanto mais clara for a pele, maior a necessidade de proteção e mais alto deverá ser o fator de proteção solar (FPS).   A crescente destruição da camada de ozônio aumenta a incidência do câncer de pele, já que esta camada filtra uma boa parte da radiação solar. Outros cuidados também são necessários:

  • óculos de sol com lentes de boa qualidade que absorvam a radiação UV e chapéu de aba larga protegendo inclusive orelhas;
  • evitar exposição no período entre 10 e 15h. As crianças são mais vulneráveis;
  • utilizar filtros mesmo dentro d`água, embaixo de sombra ou em dias nublados. Os filtros devem proteger contra UVA e UVB e aplicados 30-60 minutos antes da exposição solar;
  • o bronzeamento artificial deve ser contra-indicado formalmente, já que ainda não existe uma maneira segura de utilização destas câmaras. As cabines de bronzeamento são fontes de radiação ultravioleta, a principal causa do câncer de pele. Estudos comprovam que a utilização destes equipamentos para bronzeamento artificial pode causar câncer de pele em pessoas predispostas.
  • examinar sua pele regularmente, reconhecendo os sinais precoces do tumor tais como: crescimento na pele de aparência elevada e brilhante, avermelhada, castanha ou multicolorida; uma pinta preta ou acastanhada que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho; uma mancha ou ferida que apresenta crostas e sangramento com demora para cicatrização.

 

Dra Ana Maria Portal Pellegrini Nahn, dermatologista,

Presidente da distrital norte-fluminense da Sociedade Brasileira de Dermatologia  e coordenadora da campanha na região

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