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FRESCOBOL, o Esporte
31 de janeiro de 2013

O Frescobol é um esporte brasileiro, surgiu no Brasil entre 1945 e 1946, em Copacabana, Rio de Janeiro - RJ, após o término da II Guerra Mundial, idealizado por Lian Pontes de Carvalho, que morava no edifício de n.º 1496, na Avenida Atlântica, esquina com a Rua Duvivier, prédio já demolido.

O novo Esporte teve como berço o trecho da praia compreendido entre o Copacabana Palace Hotel e a Rua Duvivier ( o chamado posto dois e meio), onde Lian, frequentador do local e dono de uma fábrica de móveis de piscina, pranchas e esquadrias de madeira, na Rodovia Presidente Dutra, confeccionou as primeiras raquetes após a exposição do que era o “jogo de raquetes” por oficiais franceses, espanhóis e Ingleses. É interessante assinalar a existência de divertimentos e jogos de raquete, desde o século XV, no norte da França.

As raquetes eram rústicas e pesadas. Utilizavam-se  madeiras como pinho, cedro, angelin e araucária na sua feitura. Com o tempo, os cabos foram encurtados e passou-se a pintar ou envernizar as raquetes para melhor protegê-las da água.

 Até 1976, jogava-se com bolas de tênis descascadas e após essa data, usavam-se bolas importadas de racketball passaram a ser usadas.

O nome FRESCOBOL foi criado, pois o termo “FRESCOR DO FINAL DE TARDE” era utilizado por senhoras que frequentavam a praia à tarde. Os “gringos” que não suportaram jogar no auge do calor do RJ, misturaram os termos “FRESCO”+“BALL” e os cariocas denominaram o esporte de FRESCOBOL.

O Esporte estendeu-se ao Leme e ao posto 6, sempre com um número crescente de praticantes, o que originou os primeiros atritos entre praticantes e banhistas, o que determinou a primeira proibição pela Polícia de Copacabana nos anos 50 e 51, transferindo-se para a Praia do Diabo, onde se tornaria a grande academia de frescobol (lá sua prática sempre foi tolerada e liberada).

Munidos do firme propósito de apoiar o esporte e seus benefícios, o Frescobol nacional se organiza para o desenvolvimento e reconhecimento em todos os órgãos públicos, sem o estigma de diversão na praia para Esporte.

A intenção é demonstrar de forma resumida como o frescobol poderá ser praticado de forma segura nas praias de todo o Brasil, isto é, sem riscos para transeuntes e banhistas, com boladas, raquetadas e  mal posicionamento dos praticantes, pois estes são os únicos motivos que tornaram o esporte mal visto em nossas praias.

Para que tenhamos êxito no trabalho de conscientização dos praticantes do esporte, que transgridem as normas pré-estabelecidas pelas leis locais, é fundamental que lhes sejam oferecidas às condições mínimas para a boa prática esportiva.

Nossa preocupação é grande em relação à segurança dos transeuntes, pois o frescobol é hoje simplesmente o esporte mais praticado nas praias brasileiras e vem crescendo incrivelmente em todas as regiões, inclusive em cidades aonde não há praias, até em outros países.

Tal fato ocorre devido: o baixo custo para a prática desportiva; a integração entre o esporte e o meio onde normalmente é praticado (as praias); os efeitos benéficos, como queima de calorias em curto espaço de tempo, aumento da flexibilidade, exercício visual e crescimento do poder de concentração; é um esporte que pode ser praticado por todos, independente da idade, sexo ou condição física.

É o esporte mais democrático e abrangente que existe no planeta; não é preciso um biotipo específico para ser um bom jogador, assim como, atrai adeptos de todas as raças, credos e camadas sociais.

Salutar e terapêutico, aprimora os reflexos, a concentração e a coordenação motora.

Condiciona fisicamente o atleta, assim como é capaz de ensinar à explorar virtudes e nunca deficiências; alicerçar o companheirismo e o trabalho em conjunto; procurar acertar sempre e pedir desculpas ao parceiro a cada erro.

É atrativo e de grande beleza plástica devido a sua exuberância e radicalidade.

Calcado em regras objetivas e matemáticas, os julgamentos de competições tornaram-se mais claros, transparentes e confiáveis, após muitas analises feitas nas competições em atletas de todo o Brasil.

Diferente do que acontece com outros esportes demonstrativos, no Frescobol, devido a sua dinâmica e radicalidade, é impossível repetirmos a mesma apresentação uma segunda vez.

 Quando uma dupla entra numa arena de competição, ninguém sabe o que vai acontecer, daí vem a sua beleza. Nada é igual ao que aconteceu antes e tudo o que acontecer depois será diferente. 
Por tratar-se de um esporte em que os participantes não são oponentes e sim parceiros, faz com que os grupos de frescobolistas aumentem cada vez mais.       

O esporte auxilia de maneira substancial para o exercício de novos relacionamentos:

O interesse pelo frescobol tem aumentado a tal ponto, que nos dias de hoje é praticado inclusive em academias de maneira amadora e profissional, como na sede da FEPAF.

É importante divulgarmos que campeonatos de frescobol têm acontecido do nordeste ao sul do país, em temporadas com fortes patrocínios e apesar da falta de apoio aos  atletas, os mesmos participam por conta própria de competições em todo o Brasil.

Hoje existem organizações nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Bahia e outros no Brasil que possuem federações e associações que norteiam a prática do frescobol, além de instituições e organizações também  em Portugal, Espanha, Austrália,Estados Unidos, Inglaterra, Venezuela e outros.

O Frescobol além de um excelente divertimento,  também é um esporte altamente competitivo.

 As duplas ou trincas não se confrontam diretamente. Elas se apresentam em uma arena para jogar o melhor possível, buscando os  preceitos básicos: manter a bolinha no ar o maior tempo possível, concretizar o maior n.º de ataques, manter o equilíbrio numérico entre os ataques efetuados pelos 02 ou 03 componentes na apresentação, atacar e defender em todas as posições possíveis e efetuar ataques com a maior força possível."                                       

MIlton Vieira , Federação Paulista de Frescobol           

 www.frescobol.org.br – email: miltonfrescobol@yahoo.com.br

 Contatos:  focuslife@playtac.com

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  • Anita Rocha

    Estou fazendo um trabalho de conclusão de curso (TCC) sobre a viabilidade de uma industria de confecção de raquete de frescobol, mas estou com algumas dificuldades em descobrir qual seria a demanda deste produto no mercado brasileiro, além de mais detalhes sobre a preferência da prática deste esporte. Vocês tem algum material que possa me ajudar. Consultei o atlas, mas além de ter mais de 10 anos, não cita nada sobre o frescobol. Obrigada.