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Leoninos e capricornianos
20 de agosto de 2014

 

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Recentemente me vi obrigada a pensar sobre a verdade por trás de toda essa história de astrologia. Será mesmo uma ciência exata? O que ela diz sobre pessoas que nascem no mesmo dia e horário, com signos e ascendentes iguais, tem mesmo fundamento? Sinceramente, eu nunca tinha me importado com isso. Libriana com ascendente em sei lá o que, achava graça das características atribuídas a mim. Algumas até me pareciam verdadeiras, mas nada demais. Nunca levei o assunto a sério.

Até que então eu me dei conta de incríveis coincidências na minha vida, que vinha se repetindo há anos, sem sequer me dar conta delas. Seriam mesmo apenas coincidências? Percebi de forma banal, que quase todos os relaciomentos que havia tido, era com pessoas do signo de leão. O fato comum era tanto, que as pessoas em questão quase que faziam aniversários no mesmo dia. “Que coisa”..., eu pensei. “Como não percebi isso antes?” Afinal, eu nem ligava para o assunto. Nunca perguntei a ninguém: de que signo você é? Não me importava. Que diferença faria?

Depois de ter me dado conta dos leoninos na minha vida, cheguei a uma conclusão fatal: os leoninos são realmente egoístas. E com um charme também fatal. Mas que eu não queria mais em meus caminhos.

E nem pensem que eu saí por aí, perguntando o signo das pessoas, que eu considerasse interessantes, para me livrar da sina. E então outro acontecimento intrigante. E mais uma vez, coincidência ou não, aconteceu.

O fato inicial é que eu mudei. Mudei por dentro. A maturidade veio como se fosse de um dia pro outro. É claro que não é assim que acontece. Todo dia em nossas vidas, vivemos uma lição de vida, um conjunto de aprendizados que se acumulam durante anos e que num determinado momento, parece que se manifestam todos de uma vez. Sim. Em forma de maturidade, do saber querer, do saber dizer não, do: “quero isso”, “quero aquilo”, “não quero tal coisa”, “exijo assim” ou “assado”. As dores da vida que nos levam à nossa própria aceitação, de quem realmente somos.

 

Depois do findar de minhas experiências leoninas, me dei conta de que agora as pessoas que me chamavam a atenção, de alguma forma, eram todas do signo de capricórnio. Eu mal pude acreditar. Juro que quando conheço alguém, eu pergunto seu nome, onde mora, o que faz da vida, o que gosta, enfim, qualquer coisa, mas nem me lembro de perguntar seu signo.

Só que, mais uma vez, me dei conta, de que meu hábito desproposital de me interessar por pessoas de um único signo continuava, só tinha mudado de endereço..., do zodíaco. Agora estava acima e quase que do lado oposto. Um era fogo, o outro é terra. Mas que coisa...

E eu que não entendo nada de astrologia, só tenho que rezar para que capricórnio com libra seja mesmo melhor do que libra com leão.

Se isso fosse uma escolha, decidiria de cara por um libriano, aí saberia em que chão estaria pisando. Já me conheço como ninguém e gosto do que sou. Facilitaria a vida... E não é que essa atração não acontece? E por quê? ...

Pois é, há tanto a se conhecer entre o céu e a terra, que esse negócio de astrologia é pra mim algo mais a entrar na lista. E ainda que eu venha a estudar o zodíaco inteiro, não acredito que encontrarei as respostas para aquele que no fim das contas acaba mandando em tudo: o coração. Libriano ou de balança, como também é chamado, tá sempre assim, balança, balança, mas não cai, sempre em frente. Fervoroso como o que, e cheio de esperança: um grande bobo.

E eu apenas me rendo! Que venham os capricornianos!

 

CAROLINA VILA NOVA

 

ESCRITORA E ROTEIRISTA, de Curitiba.

Contato: focuslife@playtac.com

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