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Tudo o que vai, volta...
11 de janeiro de 2014

 

Acredito que estamos vivendo uma era da informação tão intensa, que nunca se falou tanto em: “Lei da Atração”, “Ação e Reação”, “Energia”, etc. Mas, creio também que essa filosofia já vinha do tempo de muitas sábias avós: “Aqui se faz, aqui se paga”, “Você colhe o que você planta” e por aí em diante.

Nunca duvidei de nada, mas também jamais senti tanto o poder de tudo isso como agora. Isso porque a maturidade me trouxe finalmente essa forma de encarar a vida e de poder vivê-la na prática, da forma como eu sempre quis. Com amor verdadeiro, simplicidade do ser e pureza da alma. E não no sentido religioso.

Desde que retornei ao Brasil, há cerca de dois anos e meio atrás, me vi obrigada a passar por várias situações difíceis para me reencontrar e me colocar de volta nos trilhos. Com tudo isso, senti que cheguei ao fundo do poço. E foi lá, nesse fundo, que encontrei forças pra mudar. Não mudei apenas o rumo da minha vida, mas mudei as pessoas que estavam à minha volta. Mudei em primeiro lugar minha relação comigo mesma e depois com todo o resto.

Aprendi a sorrir mesmo estando triste. Sério. Isso existe! Aprendi a chorar sem me lamentar, mas agradecendo já o que viria depois do choro. Entendi que mesmo nos piores momentos dá pra se ter fé, porque assim é a vida, um sobe e desce constante. Na verdade é simples. Dói, mas passa. Sempre passa.

As consequências dessa minha mudança são incríveis até pra mim. Cheguei a me questionar, aqui mesmo, através das minhas palavras na matéria “Amor que transcende”, se estava sentindo demais, me iludindo em relação ao que via e sentia. Hoje tenho certeza que o amor que sinto não é ilusão.

Por ter passado recentemente por momentos ainda mais difíceis e ter perdido a espontaneidade constante do meu sorriso (já tão previsível àqueles que me rodeiam), percebi uma infinidade de outros sorrisos em resgate do meu. Ouvi conselhos sábios que vinham do meu próprio livro, “A Dor de Joana”. Alguém que leu e não se esqueceu, guardou na memória e mandou de volta pra mim, num momento que deles precisei.

Percebi de pessoas que liam minhas colunas ou os meus despretensiosos “bom dias” no Facebook, que elas sentiram falta de ler minhas bobagens e desabafos. Senti pessoas profundamente preocupadas comigo, demonstrando carinho e gentilezas que eu nem esperava. Hoje senti vontade de escrever esse texto porque uma colega de trabalho carinhosamente brincou comigo quando eu saia do trabalho: “Amanhã é véspera de sexta!”, ela disse. Se referindo às minhas manjadas postagens no “Face”, e que eu achava que já estavam pra lá de cansativas. Eu nem sabia que ela estava lá, me acompanhando também no mundo virtual.

Nesta mesma semana, uma pessoa grandiosa fez algo grandioso por mim. Eu olhava pra esta pessoa pensando: “Você está mesmo fazendo isso por mim”? Porque era coisa grande, de alma, de verdade, realmente significativo. Essas demonstrações de carinho, ainda que a muitos olhos pareçam pequenas, pra mim elas são de um tamanho indescritível. Porque não tive essas manifestações de pessoas de quem muitas vezes esperei e em momentos em que tanto precisei. Se dá valor aquilo que nunca se teve. A vida ensina.

E ao mesmo tempo em que tudo isso acontece, vejo também ressentimentos e maldade de outras pessoas em relação a mim e que não tem absolutamente nenhum sucesso contínuo. É claro que machuca, mas ao mesmo tempo me fortalece. E a quantidade de sorrisos que me alimentam a alma todos os dias é muito maior do que as caras fechadas que insistem em tentar roubar minha alegria.

Eu finalmente entendi o poder da ação e reação. Quanto mais eu sorrio, mais sorrisos eu ganho. E mesmo quando não consigo sorrir, sorrisos insistentes vem ressuscitar os meus.

Como não agradecer uma vida tão simples de se viver?

Tudo que vai..., volta!

Amar, gente!

E só estar pronto pra ser amado de volta!

CAROLINA VILA NOVA

ESCRITORA E ROTEIRISTA, de Curitiba.

Contato: focuslife@playtac.com

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